quinta-feira, 26 de março de 2009

Paulo Campos anuncia construção do Nó de Soure à A1


Cerca de seis meses depois de se ter comprometido a resolver a situação, o secretário de Estado Paulo Campos vai hoje a Soure anunciar o projecto de construção do nó de acesso à A1. Uma obra de 9,5 M€


O Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, anuncia esta manhã na Câmara Municipal de Soure a construção do Nó de Soure na auto-estrada do Norte (A1), integrada no contrato de concessão da BRISA.


Desta forma o Governo responde a uma “ambição antiga, sustentada e justa”, como refere o presidente da autarquia João Gouveia.


Para o autarca socialista trata-se de uma “solução concreta para um problema regional antigo e que a curto prazo vai deixar de o ser”. João Gouveia adianta que aquele nó de acesso à A1, a construir na zona de Casconho, constitui “um investimento de alcance regional”, já que integra o Plano de Desenvolvimento Territorial da NUT III do Baixo Mondego.


Aquando da inauguração das tradicionais festas de S. Mateus, em Setembro do ano passado, Paulo Campos comprometeu-se a resolver o problema e a corresponder ao velho anseio dos sourenses. Seis meses depois, o secretário de Estado regressa à vila para dar a conhecer o que já está feito e o que será realizado nos próximos tempos.


Ainda segundo João Gouveia, “se o concelho de Soure tem uma localização geográfica central, este acesso directo da sede do concelho à auto-estrada do Norte significa uma valorização dessa centralidade” que terá um impacto positivo ao nível “da continuidade do desenvolvimento do concelho”.


O autarca salienta, ainda, o facto daquela obra proporcionar uma melhoria na atracção da “fixação de famílias” bem como de “investimento privado”.


Segundo o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, a construção do nó de Soure tem como objectivo diminuir a distância que existe no lanço entre Pombal e Condeixa na A1, com uma extensão de 28 quilómetros, sendo esta a maior distância entre nós de ligação daquela principal via rodoviária do país.


“Promete igualmente uma melhor e mais adequada articulação entre a rede viária regional e com o eixo transversal de ligação de Montemor-o-Velho ao Itinerário Complementar (IC) 2, e possibilitará uma redução nos tempos de percurso nas ligações com origem e/ou destino na sede do concelho”, refere ainda o Ministério tutelado por Mário Lino.


Hoje, às 10:30 horas, o secretário de Estado Paulo Campos é recebido no Salão Nobre dos Paços do Município para assinalar o início da elaboração do Estudo Prévio que termina no próximo mês de Junho. Seguir-se-á o Projecto de Execução (quatro meses), o processo concursal (seis meses) e a construção propriamente dita (14 meses). A empreitada, orçada em 9,5 milhões de euros, começará no segundo trimestre de 2010 e estará pronta cerca de um ano depois.


In Notícias do Centro
.
COMENTE ESTA NOTÍCIA!!!
.
CONCORDA QUE A CONSTRUÇÃO DO NÓ AUMENTARÁ O NÚMERO DE INVESTIMENTOS EM SOURE ???

sábado, 7 de março de 2009

Onda de crimes graves em Soure


Nos últimos quatro anos, segundo dados a que o jornal "Preto No Branco" teve acesso, foram praticados no concelho de Soure, mais de uma centena de crimes de várias naturezas, alguns de alguma gravidade, como abuso sexual de crianças, violação, sequestro, suspeita e tentativa de homicídio ou tráfico de armas proibidas.
.
Assim, desde Janeiro de 2005 até à data, houve registo da prática de 129 delitos, nomeadamente, de 18 crimes de dano (sempre associado a incêndios), 75 crimes de incêndio, um de abuso de confiança, 11 de passagem de moeda falsa, quatro de abuso sexual de crianças, um de acesso ilegítimo à internet, um de auxílio à imigração ilegal, um de corrupção activa, um de falsificação ou contrafacção de documento, dois furtos qualificados, uma violação, três sequestros, uma difamação, uma simulação de crime, uma suspeita de homicídio, um aparecimento de cadáver, duas tentativas de homicídio, um de tráfico de armas proibidas e dois assaltos com recurso a armas de fogo.
.
(Notícia Preto no Branco / Fevereiro de 2008)
.
-
PARTICIPE NO DEBATE DESTE TEMA!!!
.
Qual a sua opinião sobre esta maré de crimes graves que vão ocorrendo em Soure ?
.
.
.
A SUA OPINIÃO AQUI TEM VALOR E PODE MESMO VIR A SER PUBLICADA NO JORNAL "PRETO NO BRANCO"

quinta-feira, 5 de março de 2009

Carlos Páscoa em entrevista

- A sua renúncia ao cargo de vereador na Câmara Municipal de Soure causou surpresa. Quando e porque motivos decidiu tomar esta decisão?
.
Os motivos foram apontados na reunião de Câmara em que anunciei a decisão, ou seja, entendi que devia responsavelmente deixar o espaço político concelhio aberto para que o próximo candidato do PSD à Câmara de Soure pudesse apresentar as suas ideias e o seu programa eleitoral sem se sentir minimamente pressionado ou condicionado pela minha presença activa nos órgãos autárquicos municipais. O próximo candidato deve ter, por isso, campo livre para explicitar os seus projectos para o Concelho e assumir, se assim o entender e em plena liberdade, algumas concepções programáticas em que, porventura, eu não me reveja. Esse desprendimento que demonstrei com este gesto só beneficia a transparência e a clareza do debate político e, assumidamente, a afirmação e a força da futura candidatura do PSD.
.
.
- Foi uma decisão que tomou a título pessoal ou foi decidida dentro do partido?
.
Esta decisão resultou de uma profunda reflexão pessoal a qual foi reforçada com a necessária ponderação que tive ocasião de fazer nos órgãos próprios do partido.
.
.
- O resultado das últimas eleições autárquicas mostrou que ficou perto de João Gouveia na corrida à presidência da Câmara de Soure. Tem como objectivo, no futuro, voltar a candidatar-se ou pensa afastar-se da vida política activa definitivamente?
.
È verdade que as últimas eleições autárquicas fizeram com que o PSD e o PS ficassem com idêntico número de vereadores na Câmara Municipal de Soure. Não quero entender esse resultado, no entanto, como uma obrigação para que um dia repita, de novo, essa experiência e assuma, por isso, uma nova candidatura. Mas como voto em Soure e aqui estão todas as minhas raízes familiares só me resta concordar com o nosso povo e dizer que o futuro a Deus pertence!
.
.
- Sai de alguma forma agastado com algo que se tenha passado?
.
Nada disso! Sinto que cumpri um papel difícil mas que alguém tinha que levar a cabo. As últimas eleições autárquicas em Soure exigiram de mim e da minha equipa um trabalho incansável e de desgaste mas que cumprimos com muita dedicação e o máximo empenho. Pude apresentar as minhas ideias para o concelho e mesmo só tendo 3 meses para fazer campanha fizemos o que nos foi possível. Foi pena não termos tido mais tempo e, por isso, não termos conseguido fazer chegar a nossa mensagem a todos os sourenses. Aprendi muito e dei muito de mim. Tivemos um resultado gratificante. Não saio, por isso agastado, mas honrado por me ter disponibilizado inteiramente para servir o meu Concelho e os meus concidadãos.
.
.
- Como é que interpretou o voto de felicidades que lhe foi endereçado por João Gouveia?
.
Na política como na vida deve haver cordialidade e educação no tratamento entre as pessoas.
.
.
- A sua vida pessoal certamente também sairá beneficiada com esta decisão. A família também teve algum peso na altura de renunciar ao cargo de vereador?
.
É sabido que tenho um sentido de família muito forte que faz com que ouça a minha mulher e os meus filhos em muitas das decisões que tomo. Neste caso, confesso, que me deixaram o “caminho aberto” para poder tomar a opção que entendesse mais adequada. Como já referi esta decisão é estritamente política e entendo que é a que melhor serve a futura candidatura do PSD à Câmara de Soure e, principalmente, a clareza do debate político no meu Concelho.
.
.
- Enquanto vereador arrepende-se de alguma tomada de posição por si levada a cabo na Câmara Municipal de Soure?
.
Considero não ter tomado qualquer decisão política que tenha contrariado o meu pensamento ou tenha sido prejudicial ao Concelho. Recordo, no entanto, que a orientação política da Câmara é definida pelo seu Presidente. À oposição compete apresentar soluções alternativas ou demonstrar o desacerto das políticas que vêm sendo adoptadas. Penso termos feito isso com a máxima seriedade e com a responsabilidade que é exigida a quem é eleito para dar o seu contributo à comunidade. Mas, como é bom de ver, cada um de nós irá, à sua maneira, acertar um dia as contas com a História.
.
.
- No concelho de Soure quais considera serem os aspectos mais positivos (que não necessitam de grandes alterações) e, na sua opinião, quais necessitariam de uma intervenção mais profunda?
.
Não me peçam, por favor, para elencar o que vai mal porque todos o sentem no seu dia a dia. Basta olhar à nossa volta! Quanto aos aspectos e às ideias que é imperioso colocar em prática para alterar esta situação aguardo, com confiança, que as próximas candidaturas que o PSD vai apresentar à Câmara Municipal e às Juntas de Freguesias possam ser um estímulo e um incentivo ao estabelecimento de um rumo diferente para o Concelho.
.
.
-Vai continuar a manter um espírito crítico relativamente ao que se passar na autarquia de Soure?
.
Vai continuar a acompanhar o dia-a-dia do concelho?Sou um homem livre e atento ao que me rodeia. Não deixarei, certamente, de continuar a intervir civicamente nos cenários e no tempo em que entenda que a minha contribuição pode ser útil para o meu Concelho.
.
.
- Tendo agora mais tempo para a sua vida profissional vai poder dedicar-se a tempo inteiro à Fundação Bissaya Barreto, onde é administrador. Esta situação deixa-o mais confortável?
.
Como é sabido não sou político profissional e, nesse sentido, sempre soube distinguir esses dois planos da vida, o político e o profissional. O tempo futuro será de exclusiva dedicação profissional.
.
In Jornal "Preto no Branco"