A 23 de Novembro de 2008, noticiámos no blog "Notícias de Soure" (Ver notícia) que a Quercus e a Câmara de Soure tinham assinado um projecto para nascer a primeira reserva de carvalho português nas Degracias.
Para celebrar tal feito foi eleito o coração da vila de Soure, na zona de Bacelos, para plantar alguns exemplares desta espécie autóctone característica do Maciço de Sicó.
Quercus, Câmara de Soure, Junta de Freguesia de Soure e muitas mais entidades do concelho puseram mãos à obra e plantaram alguns exemplares, criando assim uma espécie de mini floresta autóctone.
Colocado os nossos visitantes dentro do assunto, interrogo-me, o porquê de tal celebração?
Quando verifico o abandono total da zona onde os mesmos foram plantados, para além de alguns carvalhos terem sido retirados, os carvalhos são "consumidos" por ervas daninhas, estacas que outrora serviriam para delimitar uma "zona protegida" e que agora provam o desinteresse do Sourense pelo Carvalho Português.
Quando o Governador Cívil de Coimbra afirma que "em Soure as preocupações ambientais não são retórica, são mesmo para fazer."
Pergunto aos sourenses, onde estão essas preocupações ambientais?
Sabendo que os nossos autarcas não serão responsáveis por actos de vandalismo por parte de alguns sourenses, a questão fica, e a responsabilidade da conservação da zona?
ONDE ESTÁ A ASSOCIAÇÃO PRÁ FLORESTA DO CONCELHO DE SOURE ???
O alerta do blog "Soure, o melhor e o pior..." está feito!
Acha que os sourenses mostram a preocupação pelo ambiente?
COMENTE...
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Informamos que a QUERCUS COIMBRA ACTIVISMO foi informada de toda a situação e o assunto está a ser discutido pelos mesmos, poderá ver o comunicado aqui!
Sónia Vidal, professora do ensino secundário, é a provável candidata com que o PSD procurará reconquistar a presidência da Câmara Municipal de Soure, disseram ao “Campeão” fontes partidárias.
ResponderEliminar“Trata-se de uma aposta numa figura que representa o contrário” do que o PSD sourense atribui ao presidente cessante da Câmara, João Gouveia, indicaram as mesmas fontes.
Bastião socialista durante anos, o município de Soure deu, pela primeira vez, um triunfo às hostes social-democratas em 1993 (ano da primeira vitória daquele autarca).
Reeleito, pelo PSD, em 1997 e em 2001, o edil foi reconduzido, em 2005, à cabeça de uma lista do Partido Socialista.
Desde Novembro de 2008, João Gouveia é membro do Secretariado da Federação de Coimbra do PS, sendo o único presidente de Câmara socialista do distrito com assento naquele órgão.
Soure: Sónia Vidal nas cogitações do PSDVer Notícia em:
ResponderEliminarwww.noticias-do-concelho.blogspot.com
Informamos todos os nossos visitantes, sourenses e não só, que a QUERCUS já tomou conhecimento do que aqui alertamos.
ResponderEliminarA QUERCUS irá "passar a bola" à QUERCUS COIMBRA ACTIVISMO e irão verificar como tem sido tratada toda a situação.
O nosso objectivo é apenas e só alertar para alguns acontecimentos que não deveriam acontecer, temos de dar o exemplo, ainda mais quando está em causa grandes projectos de reflorestação.
O blogue está a fazer o papel de outras associações de Soue, mas para isso servimos, alertar e agir!Adm Saurium
www.vila-de-soure.com
que blog altamente para Saure lololol. Cor de Rosa mesmo.
ResponderEliminarhttp://www.sourerosa.blogspot.com/
Eu ja tenho a resposta da Quercus hahah
ResponderEliminarNuno Pinto
Boa Noite!
ResponderEliminarDepois de a QUERCUS ter sido alertada para os acontecimentos já referido nos blogue, questionámos os mesmos para saber da recepção do email. A repostas foram as seguintes:
PAULO ANDRADE - QUERCUS CBR ACTIVISMO -
"Sim já encaminhámos o seu email para os dirigentes da Quercus e, também, para o grupo de trabalho responsável por estas plantações (Criar Bosques do Condomínio da Terra). Deste último tivemos a indicação que «quando tivesse tempo» lhe reponderia...será? Espero que sim.
Será que o carvalho «sobrevivente» da foto acima terá uma alma caridosa que lhe faça à volta uma cobertura vegetal (mulch) sobre a terra (com folhas caídas, plantas secas,etc) para evitar que cresçam plantas concorrentes e para permitir a conservação da humidade junto à raiz?"
Após isto, recebemos o email reencaminhado por Sr. João Pedrosa(elemento da QUERCUS) com a resposta do Sr.PAULO MONTEIRO, este último, assalariado(?)da QUERCUS.
ResponderEliminarRespondendo assim:
Sem mais comentários, por agora, aqui fica um esclarecimento enviado por um técnico assalariado da QUERCUS, não sei se será ele o responsável por este projecto em Soure, mas foi ele que respondeu. Este texto dele foi enviado para uma lista de discussão interna da QUERCUS, e copio aqui porque é a resposta que temos no momento. Aqui vai o texto:
"Quando li o assunto da mensagem pensei que as fotos iam revelar "o drama, a tragédia o horror", mas afinal a montanha pariu uma pulga. Das mais de 50.000 árvores plantadas alguém (com que verdadeira intenção?) descobriu uma árvore morta e denunciou o vergonhoso escândalo. Depois de ler e ver as fotos resolvi ir tratar de assuntos mais importantes para a melhoria do planeta... Entretanto, o Ricardo Nabais e o João Branco já se encarregaram de esclarecer o que devia ser óbvio pelo menos para um dirigente da Quercus.
A mensagem foi intencionalmente enviada para a DIR com um comentário que visou claramente questionar um projecto inteiro. Apesar de o negar, o Paulo Andrade, inconscientemente, denunciou-se ao revelar os seus pensamentos acerca da ÚNICA forma de se plantar em Portugal. Não adianta negar o óbvio e haja pelo menos a hombridade do(s) autor(es) admitir(em) esse facto.
A morte das plantas pode resultar de múltiplos factores, sendo a falta de água apenas um deles (as árvores também podem morrer por asfixia radicular devido ao excesso de água...). É extremamente redutor explicar o insucesso de todas as plantações devido a uma eventual falta de água e confesso que é constrangedor constatar que um dirigente da Quercus pense assim e, pior que isso, por esse motivo questione o projecto que visa cumprir um dos objectivos que presidiu à criação da Associação. O facto de se ter um pensamento não significa que o mesmo seja verdadeiro, e como disse Daniel Boorstin "o maior obstáculo à sabedoria não é a ignorância, mas sim a ilusão de conhecimento".
Uma das razões pelas quais se opta pela plantação de espécies autóctones prende-se com o facto destas estarem mais adaptadas ao clima, resistindo melhor às agruras do Verão. As florestas também se regeneram naturalmente sem necessidade de regas artificiais, pois se assim não fosse já não existiam florestas. Por exemplo no Tejo Internacional, um dos locais com menor precipitação do país, o
abandono da cultura do trigo na década de 60 permitiu que a floresta autóctone se regenerasse naturalmente, em solos esqueléticos de xisto e com a presença de grandes herbívoros (veados), só com a dispersão das sementes efectuada pelos gaios, pombos...
Se o Paulo Andrade tiver algum estudo credível que comprove as suas afirmações ("...se uma árvore for regada nos dois primeiros anos então há possibilidade de sucesso!") que o apresente, porque como dizia o Jorge Palma "as certezas são mais caras que as opiniões". Pensar que só se pode recuperar a floresta autóctone com recurso à rega de todas as plantas demonstra um constrangedor desconhecimento da realidade, isto para não falar no consumo de água que isso implicaria. Por essa ordem de ideias, sentámo-nos todos à espera que a temperatura do planeta aumente, que a biodiversidade diminua, ou então que o milagre aconteça.
Ao insinuar que os colegas da Associação só plantam para a estatística, o Paulo Andrade está a partir do pressuposto que somos desonestos (quanto mais não seja a nível intelectual) e isso é absolutamente inadmissível. Se esse fosse o objectivo eu e as demais pessoas envolvidas NUNCA faríamos parte deste projecto.
Até agora prestei esclarecimentos de âmbito geral porque foram os (pré)conceitos que levaram a Direcção do núcleo de Coimbra (ou terá sido só o Paulo Andrade?) a enviar a mensagem para a DIR antes de ouvir as explicações dos responsável pelo projecto (era o mínimo que se exigia numa situação normal). Vamos então ao caso concreto.
1. No local das fotografias realizou-se uma acção simbólica onde foram plantadas apenas 6 Quercus faginea Lam. ssp. broteroi, tendo-se plantado mais 800 árvores noutros locais do concelho de Soure e colhido sementes para a produção de plantas autóctones (carvalho-português, etc.) a instalar aí a partir de Novembro de 2009. Há pois um trabalho amplo e de continuidade que não se circunscreve a um momento e um local.
2. A Câmara Municipal de Soure esclareceu-nos que o espaço das fotografias tem sido frequentemente vandalizado (não é só o poste tombado, mas até os candeeiros são partidos). Se é vandalismo puro ou se há outros interesses ocultos não se sabe. E contra o vandalismo não há soluções definitivas.
3. Obviamente que preferia ver a árvore da fotografia viva, mas isso não é nenhuma tragédia e para o ano faz-se a sua substituição.
4. Ao que parece o Sr. Saurium (ou será este o nome do blog?) pertence à oposição da CM de Soure e em politiquices nós não nos metemos e nem damos importância.
Por mim este assunto está definitivamente encerrado.
Cumprimentos,
Paulo Monteiro"
Sendo que a nossa resposta fora enviada de seguida, dizendo:
ResponderEliminar"Bom Dia!
Fico estupefacto quando alguém que deseja defender a natureza desculpabiliza-se dizendo que num local da Vila de Soure, as 6 àrvores maltratadas, o terreno vandalizado, não é preocupante!
Quando alguém que deveria proteger qualquer espécie da natureza, seja um ou um milhar, acha que isso não tem importância não está definitivamente a cumprir bem o seu trabalho.
Se concordo, que por um lado, a Câmara Municipal de Soure não tem qualquer responsabilidade pelo vandalismos, já não posso concordar com o controlo e tratamento do local.
E, Sr. Paulo Monteiro, infelizmente, é costume dizer-se, quem não está connosco está contra nós. O facto de denunciar estas e outras situações bem piores de ataques à natureza não significa que seja da oposição da Câmara Municipal de Soure, aliás, quando a QUERCUS denuncia ataques à natureza estão a fazer oposições às Câmaras??? ou a defender a natureza??? é importante não confundir!
O facto de denunciar estas poluições no Concelho de Soure:
- http://www.vila-de-soure.com/2007/03/poluio.html > Margens de Rio Arunca
- http://www.vila-de-soure.com/2008/08/atentado-ambiental-no-rio-arunca.html > Aterros e escavações destroem vegetação
...significa que sou opositor? ou defendo a natureza?
É uma vergonha dar importância só pelo número de àrvores.
Quanto ao blogue, e Saurium é o administrador, porque o nome do blogue indica tudo...Soure, o melhor e o pior... mas em Soure há dificuldade em aceitar o pior que lá se faz, principalmente contra a natureza.
E agora, como cidadão digo eu, fico decidido a não denunciar mais problemas de natureza à QUERCUS, uma vez que ainda sou eu acusado. Se a vossa função é incentivar as pessoas a colaborar, então fizeram o contrário. A única coisa que aprendi foi, denunciar só se existir poluição e é à GNR-SEPNA e que a visão da Câmara Municipal é...quem defende a natureza é nosso opositor, segundo o que foi escrito no 4º ponto.
E assim continua o nosso país!
P-S - Deixo uma mensagem de agradecimento ao Sr.Paulo Andrade, que desde o inicio mostrou como se deve pensar pela natureza. Mas, Sr.Paulo Andrade, aquelas 6 arvores... acabaram por ser "abandonadas" e ignoradas pela própria QUERCUS.
Fico triste. Cumprimentos."
COMENTE COM MODERAÇÃO!
ResponderEliminarDe seguida, mais uma mensagem de um associado da QUERCUS:
ResponderEliminar"Não quero comentar sobre este assunto sem ver o que se passa, mas há aqui, de facto, qualquer coisa importante que se está a passar, e que pode motivar uma melhor acção da QUERCUS a nível regional.
Vou dividir em pontos a minha reflexão.
1. Uma pessoa dirige-se à QUERCUS, Núcleo (delegação regional) de Coimbra, denunciando uma situação que lhe parece anormal, que envolve uma actividade camarária e que teve a colaboração da QUERCUS nacional, através de um projecto de plantação de milhares de árvores patrocinado por empresas. É um factor muito positivo que haja pessoas que percam o seu tempo a denunciar estas questões.
2. O projecto em causa não teve a participação do Núcleo de Coimbra, pelo menos que seja do conhecimento da actual direcção do Núcleo, eleita em Fevereiro. Soube a direcção do Núcleo apenas, que já este ano o projecto de plantação de árvores andou na área do Núcleo a fazer mais plantações, mas nunca foi a direcção do Núcleo contactada antecipadamente, nem a posteriori, para ajudar ou para troca de informações.
3. O Paulo Adriano Andrade, membro da direcção do Núcleo e desta Comunidade, reenviou o e-mail recebido com a denúncia para uma lista interna da QUERCUS, apenas acrescentando que esse e-mail dava que pensar, motivando respostas inflamadas de dirigentes de outras estruturas da QUERCUS, como se tivesse sido ele a fazer alguma crítica. Em boa hora o fez, porque motivou uma troca de informações e esclarecimentos.
4. O reenvio feito pelo Paulo Andrade teve também como ponto positivo receber algumas respostas de dirigentes de outras estruturas da QUERCUS, que confirmam um modo de acção interna, porque sobressaía um factor que vem sendo muito comum na QUERCUS, e que é as frases do tipo: "em vez de criticarem era melhor fazerem coisas", ou também "tenho mais trabalho em prol do ambiente para fazer do que responder a críticas".
5. Como ponto negativo destas conversas internas há a registar uma série de insinuações e de comentários menos próprios sobre a formação, a personalidade e as intenções de pessoas.
6. O bom funcionamento desta Comunidade, que permitiu a uma pessoa que não é sócia da Associação, inscrever aqui as suas preocupações, fazer as suas denúncias, receber por esta via alguns esclarecimentos e colocar aqui as suas lamentações, de forma aberta e sem constrangimentos.
7. O Núcleo de Coimbra não tem de facto meios para se deslocar a todos os locais onde vão aparecendo denúncias, e por isso é muito importante este tipo de acções de denúncia. Mas quando esta denúncia envolve outras estruturas da Associação, qual deverá ser a finalização do processo: poderá o Núcleo, enquanto estrutura regional, denunciar para a imprensa a falta de acompanhamento dos parceiros? Para já parece-me importante ressalvar que uma denúncia de falta de acompanhamento, ou de maus resultados obtidos, numa plantação de árvores, nunca poderá ser feita sem esperar um ano e meio após a plantação inicial, para ver se esta plantação é tentada novamente e corrigindo as possíveis deficiências.
8. Uma das coisas mais importantes dos Núcleos é terem acesso facilitado aos órgãos de comunicação social, podendo fazer eco de denúncias de qualquer pessoa, que muitas vezes, por questões ligadas a meios mais pequenos, não o podem fazer pessoalmente por receio de represálias. É nesse sentido que é importante dar resposta e seguimento às situações, mas tem também o Núcleo, pela pouca participação cívica dos associados, as suas limitações.
Termino as minhas reflexões agradecendo a participação do "Saurium" e pedindo directamente para que não desista de denunciar as situações com que vai deparando, pois não se deve confundir a árvore com a floresta, e se umas estruturas da QUERCUS estão mais longe das pessoas, cabe aos Núcleos estarem mais perto e denunciar as pequenas coisas, mesmo sem ter os meios financeiros e humanos que têm os projectos nacionais, financiados pelas empresas."
In QUERCUS CBR ACTIVISMO by João Paulo Pedrosa