terça-feira, 15 de janeiro de 2008

"GANG DOS AUTOMÓVEIS"


O Tribunal da Marinha Grande condenou 16 dos 35 arguidos que estavam acusados dos crimes de furto, burla, falsificação de documentos e tráfico de droga. A pena mais pesada chegou a 9 anos de prisão.
Entre eles estão 6 indivíduos do município de Soure.
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Depois dos actos de vandalismo em Soure, depois de 6 jovens sourenses julgados por uma lista de crimes...
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...QUE MAIS PODEREMOS ESPERAR DA CRIMINALIDADE EM SOURE?
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EXISITIRÁ SOLUÇÕES PARA PÔR TERMO A ESTA INSEGURANÇA?
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O QUE SE PASSA COM ESTES JOVENS?
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E vocês, jovens sourenses, o que acham?
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18 comentários:

  1. RESUMO : Chegou ao fim, na última sexta-feira, dia 4 de Janeiro, o mega julgamento do gang acusado de 125 crimes de furto.

    O Tribunal da Marinha Grande condenou 16 jovens, seis dos quais com pena de prisão efectiva, por vários crimes de furto e roubos.

    Na leitura da sentença, que decorreu na última sexta-feira à tarde no Tribunal Judicial da Marinha Grande e que demorou mais de três horas, a juíza-presidente do colectivo criticou a “vida de ociosidade” levada pelos arguidos.

    A juíza justificou as penas atribuídas com o facto de muitos dos arguidos já possuírem “antecedentes criminais” e por terem cometido os crimes durante a suspensão de penas de prisão.

    Dos 35 arguidos, 19 foram absolvidos de qualquer crime. O colectivo de magistrados concluiu que não existiu associação criminosa na prática dos crimes referenciados no processo, uma vez que a rede não estava organizada e os furtos não tinham ligação entre si.

    O principal suspeito recebeu a pena mais pesada, tendo sido condenado a nove anos e dois meses de prisão efectiva. Outros cinco arguidos viram aplicadas penas de prisão que variam entre os dois anos e três meses, e os quatro anos e oito meses.

    Os restantes jovens foram sujeitos a penas suspensas ou à prestação de serviço comunitário, que varia entre as 120 e as 480 horas.

    Para além dos furtos, o colectivo provou também os crimes de arrombamento, burla, falsificação de documentos, condução ilegal e tráfico de droga.

    Recorde-se que o grupo estava acusado do roubo de 80 automóveis entre Caldas da Rainha e Ovar, tendo respondido ainda por mais 45 crimes de furto no interior de veículos e em diversos estabelecimentos.

    De referir ainda que os crimes foram praticados entre Março de 2004 e Fevereiro de 2005.

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  2. Acho, que não é uma boa publicidade á vila de soure apesar de eu achar as penas muito leves para os crimes cometidos. Na minha a opinião a pena devia ser um pouco mais pesadas apesar de eu achar que são "6 ovelhas ranhosas de soure" eu acho que a execeção não faz a regra os sourenses são pessoas muito sérias.

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  3. Bom Dia!

    Eu como jovem, e sourense, não vou deixa de comentar este assunto.

    É óbvio que isto não é nada bom imaginar que jovens já não têm um rumo na sua vida. Em muitos falta-lhes apoio quer familiar quer escolar, e isso é meio caminho para se dispersar pela maldade da sociedade. Quem sofre? Os pais! Os sourenses! O BOM NOME DA VILA DE SOURE! Não estou a dizer que são criminosos, mas estavam num GANG de criminosos! Os jovens estão a perder a identidade, a Vila de Soure tem que apostar em associações de apoio a este tipo de jovens.

    A C.M.S não é responsável pelos erros dos pais, mas pode ter um papel importante, juntamente com a GNR, na descoberta(GNR) deste tipo de jovens com problemas e no apoio(C.M.S ou outras instituições nacionais) aos mesmos.

    É um assunto preocupante para todos nós, é que não foi apenas um individuo de Soure, FORAM 6 !!! Isso significa erros graves em alguma lado! É certo que a sociedade tem vindo a mostrar o seu lado negativo, mas em Soure começa a alarmar.

    A minha ideia é a prevenção!

    Cumprimentos a todos os sourenses

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  4. 1.ª Parte
    Devo dizer que, devido à minha profissão, intimamente ligada a este tipo de problemas, não me sinto muito à vontade para os abordar do ponto de vista meramente jornalístico, porque invariavelmente “escorrego” para uma linguagem técnica menos acessível às pessoas sem formação jurídica.
    Creio que o problema reside no facto de, enquanto jurista, olhar a criminalidade no seu todo e tender a extrair ou segmentar dela alguns dos vários aspectos que a caracterizam .
    Pessoalmente, quando olho para um mega-processo desta natureza dou por mim a associá-lo de imediato a uma "nova criminalidade juvenil", urbana, nalguns casos muito violenta e com prática de vários factos qualificados como típicos, ilícitos e puníveis (criminosos).

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  5. 2.ª parte
    Pessoalmente, sou crítico das várias recomendações internacionais, designadamente do Conselho da Europa e UE, para que se defina urgentemente uma política de prevenção que "incida na inserção social dos jovens e das famílias socialmente desfavorecidas que vivem na periferia das grandes e médias cidades, que abandonam precocemente o sistema escolar e se encontram mais vulneráveis" ao início de uma carreira no crime (itálico In-DN).
    E, se, como afirmo sou crítico dessas recomendações, é porque entendo que a prevenção preconizada pelas instituições internacionais deve ser feita a priori da vulnerabilidade, isto é, entendo que devem ser criadas condições para que seja radicalmente diminuído o número dessas famílias.
    Por outro lado, eu entendo também que o abandono da escola pelos jovens, e ou a sua dedicação ao crime, são apenas a ponta do iceberg que esconde o conjunto das maleitas globais, das quais, os estados e autarquias tendem a não querer assumir culpas ou tentar encontrar soluções.

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  6. 3.ª e Final
    Esses jovens (sourenses ou não sourenses) são consequência da educação (em geral) da sociedade em desenvolveram a sua capacidade cognitiva.
    Logo a culpa pelo facto de 6 jovens Sourenses, num determinado momento das suas vidas terem praticado alguns actos subsumíveis a tipos de ilícito puníveis, nem sequer lhes poderá ser assacável por inteiro.
    É que não poderemos culpar a falta de dinheiro das famílias, porque grande parte da nossa população vive próximo do limiar da miséria, e, nem por isso, pratica crimes.
    Se a razão fosse essa, os endinheirados não praticariam crimes, todavia, ao contrário, nas camadas mais privilegiadas da sociedade é frequente a prática de crimes fiscais e financeiros, tráficos de influência e de drogas.
    Entendemos que é mais um problema de falência da educação em geral, enquanto processo de transferencia de valores que deviam presidir ao processo de desenvolvimento da capacidade intelectual e moral do ser humano, objectivando a sua melhor integração individual e social.
    É que esses seis jovens puderam escolher os amigos e a senda, mas, à nascença, não puderam escolher o grupo familiar, nem o conjunto de valores morais e sociais com que foram educados e, que, eventualmente, lhes potenciaram o erro nessa escolha de amigos e de caminho.

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  7. Zarco disse:
    "Por outro lado, eu entendo também que o abandono da escola pelos jovens, e ou a sua dedicação ao crime, são apenas a ponta do iceberg que esconde o conjunto das maleitas globais, das quais, os estados e autarquias tendem a não querer assumir culpas ou tentar encontrar soluções."

    Os estados e autarquias nem sequer reconhecem a existência do iceberg!!


    Zarco disse:
    "Esses jovens (sourenses ou não sourenses) são consequência da educação (em geral) da sociedade em desenvolveram a sua capacidade cognitiva.
    Logo a culpa pelo facto de 6 jovens Sourenses, num determinado momento das suas vidas terem praticado alguns actos subsumíveis a tipos de ilícito puníveis, nem sequer lhes poderá ser assacável por inteiro."


    Experimenta explicar isso ao zé povinho, e vais ver a ripada que levas. O povo quer é penas pesadas.

    Zarco disse:
    "É que esses seis jovens puderam escolher os amigos e a senda, mas, à nascença, não puderam escolher o grupo familiar, nem o conjunto de valores morais e sociais com que foram educados e, que, eventualmente, lhes potenciaram o erro nessa escolha de amigos e de caminho."

    Iria mais longe dizendo que, conscientemente, nem os amigos puderam escolher. Na vida não se escolhe quem se vai ou não encontrar e, eventualmente ficar ou não amigo.

    Parabéns, bom post!

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  8. Continuo a achar que ninguém escolhe os amigos e a pobreza, mas será que este tipo de crimes foi para matar a fome? Furtar viaturas e andar a "brincar" com as mesmas na estrada e destruí-las no final da diversão atirando-as para ravinas e incendiá-las?! Isto não é só culpa do destino...

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  9. Citação:
    "Anónimo disse...

    Continuo a achar que ninguém escolhe os amigos e a pobreza, mas será que este tipo de crimes foi para matar a fome? Furtar viaturas e andar a "brincar" com as mesmas na estrada e destruí-las no final da diversão atirando-as para ravinas e incendiá-las?! Isto não é só culpa do destino...

    19 de Janeiro de 2008 22:28"



    Estás a ver Zarco, como é difícil explicar às pessoas...

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  10. Este gang devia ter levado penas mais pesadas...não venham cá com coisinhas...se fosse o meu carro ou o meu negócio eu queria era que eles levassem uma pena de prisão maior! Ah, não tenho nada a ver com o penúltimo comentário, mas pergunto, existe aqui alguém para explicar estes assuntos aos sourenses ou é simplesmente para expor as ideias de cada um? Não interessa, expliquei-me? lol

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  11. Anónimo 1 disse:
    Estás a ver Zarco, como é difícil explicar às pessoas...

    Com o devido respeito por Anónimo-1Zarco responde a Anónimo-2:

    Tenho pena mas não tenho voz para cantar fado. Quem é que falou em destino?

    Mantenho a opinião ainda que leve muitas "ripadas" como a sua que me deixou de sorriso triste. Parece-me (posso estar errado) que o ilustre anónimo-2 não percebeu patavina do que ambos (Zarco + anónimo1) deixamos escrito.

    Será que Anonimo -2 é apologista das penas pesadas ?

    Será que as penas pesadas (vulgo g'andas ripadas) são solução para acabar com os crimes ?

    Proponho um exercício:

    Anónimo-2 vai questionar-se sobre a razão porque o medo da Morte não acabou com os homicídios nos paises onde existe Pena de Morte.

    Questiona-se também sobre a razão porque não acabaram os furtos no mundo muçulmano com medo do corte da mão.

    Se calhar estou a sugerir um exercício penoso demais ...

    Um abraço aos dois anónimos.

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  12. IVO

    Quer aprender? Copie o link e vá ler:

    http://www.fd.ul.pt/cursos/lic/disciplinas/penal1/In%C3%AAs%20Rovisco.pdf

    Depois de ler (e perceber) o que está por lá vai entender o Zarco e o Anónimo 1.

    Um abraço

    Zarco

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  13. Penas pesadas? Mais cadeia? Não meus amigos! Aí eles vão estar a comer e beber às custa do Zé Povinho! Há designações a investirem em equipas de sapadores, porque não vão estes individuos trabalhar nessa área? Concerteza o investimento seria menor! As autarquias têm tanto trabalho a desenvolver! Porque não os ocupam naqueles trabalhos mais pesados? Já agora... onde está o chicote? Será que temos que andar a continuar a pagar impostos para isto? Se lhes provocasse dor, concerteza que não repetiam... mas temos que viver com esta sociedade!

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  14. Olha este... deve ser do tempo da outra senhora...

    Anonimo 1414, acalme-se que isto não vai lá com violência.
    Citação:
    "Se lhes provocasse dor, concerteza que não repetiam..."

    Ouça lá você ainda é do tempo do marquês de pombal, não é?

    Já foram acima dados exemplos de sistemas em que as penas podem ir da decepação de um membro, à morte do criminoso. Ora segundo o seu raciocinio isto faria todo o sentido. Castigos exemplares para que não se repitam os crimes.
    Na verdade não é assim. Não há qualquer efeito de diminuição da criminalidade nestes paises onde em termos penais, se vive na Idade Média. Muito pelo contrário.
    Basta olhar para os EUA onde a criminalidade quase que triplicou em 20 anos,
    e olhe que eles não são nada brandos no que toca a penas...

    Há que procurar as causas do crime para o poder prevenir, em vez de se ficar à espera que aconteça para depois se castigar.


    Abraço a todos

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  15. Eu acho piada! Ninguém gosta de penas pesadas, vocês já parecem este código penal, está feito para pôr o criminoso na rua e os polícias lá dentro. No dia em que alguém que vos é importante sentimentalmente(Mãe, Pai, filho(a) ) sofrer um crime bastante grave(assalto à mão armada, rapto, violação, etc) eu depois quero ver se iriam gostar que o juíz o mandasse para a rua ou com uma pena leve!!! NÃO VENHAM CÁ COM HISTÓRIAS!!! QUEM SOFRE COM PENAS LEVES NÃO É O ARGUIDO É A VÍTIMA (isto se tiver cá para saber). É sempre assim, o povo só vê de forma diferente quando é connosco. Depois queria que justificassem a concordância com a pena leve a um familiar vosso desiludido!

    P.S - NÃO ESTOU A AGOIRAR NINGUÉM!!!

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  16. A vitima sofre com o crime e, eventualmente com os traumas daí decorrentes.
    Esse sofrimento não desaparece com a condenação do criminoso.
    Esse sofrimento não aumenta com a absolvição do criminoso.

    Anonimo disse:

    No dia em que alguém que vos é importante sentimentalmente(Mãe, Pai, filho(a) ) sofrer um crime bastante grave(assalto à mão armada, rapto, violação, etc) eu depois quero ver se iriam gostar que o juíz o mandasse para a rua ou com uma pena leve!!!


    As reações emotivas que decorrem destas situações são absolutamente incompativeis com a imparcialidade que a justiça deve ter.
    Não há nada que gostar ou deixar de gostar ...
    Alias, a indignação e o desgosto que sentimos quando somos próximos
    da vitima, não deve ser maior nem menor, do que seria se não conhecesse-mos a vitima de lado nenhum!!

    É uma questão de consciência!

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  17. Zarco disse:

    "Mantenho a opinião ainda que leve muitas "ripadas"..."

    Prefiro por vezes manter um "low profile"; ajuda a evitar "tremores de terra". Tratam-se de matérias, a meu ver, ainda demasiado "alternativas" para a consciência colectiva portuguesa.

    Não me entendam mal.

    Abraço

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  18. "As opiniões são como as ..., todas as têm mas só as dá quem quer!"

    Discute-se algo que é indiscutível. E é indiscutível porque o assunto em apreço é bastante "melindroso". Isto porque não é possivel colocarmos em duas posições ao mesmo tempo, enquanto vitimas e enquanto, meramente observadores de uma situação merecedora de pena judicial (independentemente do seu grau).

    É muito fácil falar enquanto interprete de uma situação e de outra, alterando a opinião de acordo com cada uma das situações.

    Quem é que perante uma situação de homicidio de um familiar, não quer que o assassino seja punido da forma mais pesada possivel? Não me venham dizer que há quem ainda tenha pena do assassino...

    Agora quando o mal apenas bate à porta dos outros, já não se é tão radical... já se acha que o assassino merece uma segundo hipótese...

    Portanto, discutir mais para quê? Cada um sente as situações á sua maneira.

    Eu digo mesmo, é pena que as penas sejam penas em que até é uma pena perder-se tanto tempo para chegar á conclusão que não vale a pena perder tanto tempo para se concluir que a pena afinal não é uma pena justa, por tão baixa ser a pena.

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